As encomendas de máquinas japonesas caíram pelo segundo mês em julho, e os fabricantes de sinalização esperam que a desaceleração global diminua a demanda para o próximo ano. As encomendas, um indicador dos gastos de capital nos próximos três a seis meses, caíram 3,9 por cento em relação a junho, quando caíram 2,6 por cento, disse hoje o Gabinete do Gabinete em Tóquio. A estimativa mediana de 35 economistas pesquisados pela Bloomberg News foi de uma queda de 3,6 por cento. A economia do Japão provavelmente encolheu no último trimestre mais do que o inicialmente estimado, à medida que os gastos das empresas caíram, espera-se que o governo informe amanhã. A desaceleração nos EUA e na Europa afetou as exportações japonesas, o motor que impulsionou o crescimento nos últimos seis anos, enquanto a estagnação salarial e a pior inflação em uma década subjugaram os gastos do consumidor." Nesse ambiente, o investimento de negócios tem que enfraquecer", disse Tomoko Fujii, chefe de economia e estratégia do Japão no Bank of America Corp. em Tóquio. `` As empresas são muito cautelosas em um ambiente recessivo e eu não acho que elas sejam ousadas o suficiente para antecipar uma rápida recuperação dos lucros." O iene foi negociado a 107,41 por dólar às 9h08 em Tóquio a partir de 107,43 antes do relatório ser publicado. Os pedidos recebidos de fabricantes caíram 10,4 por cento, o primeiro declínio em quatro meses, disse o Gabinete do Gabinete. As encomendas não manufatureiras caíram 2,4%, a segunda queda consecutiva. Empresas de Gasto de Capital reduziram gastos em fábricas e equipamentos por um quinto trimestre nos três meses encerrados em 30 de junho, disse o Ministério da Fazenda na semana passada. Custos recordes para petróleo e matérias-primas fizeram com que os lucros caíssem pelo quarto trimestre consecutivo. O governo usará os números de gastos de capital para revisar o produto interno bruto do segundo trimestre amanhã. A economia contraiu 3,1% anualizada, mais do que os 2,4% relatados no mês passado, de acordo com economistas pesquisados. O crescimento lento nos EUA forçou exportadores, incluindo a Toyota Motor Corp., a cortar a produção e os empregos. Uma subsidiária Toyota com sede em Kyushu reduziu a produção de veículos utilitários esportivos em pelo menos 10% e despediu 800 trabalhadores desde junho. A Tokyo Electron Ltd., maior fabricante de equipamentos de semicondutores do Japão, no mês passado reduziu sua previsão de lucro para o ano inteiro em 40 por cento depois que os fabricantes de esquilos adiaram planos de gastos. A fabricante de chips Elpida Memory disse nesta semana que terá que cortar a produção pela primeira vez para limpar os estoques que se acumularam à medida que a demanda global por computadores pessoais diminuiu. Ainda assim, os economistas dizem que a desaceleração atual provavelmente não será tão grave quanto a última recessão, que durou de dezembro de 2000 a janeiro de 2002. A economia é mais resiliente porque as empresas perderam o excesso de trabalhadores, linhas fabris e dívidas que contribuíram para uma década de estagnação na década de 1990." Nos velhos tempos, choques externos tenderam a se amplificar", disse Seiji Shiraishi, economista-chefe do Japão da HSBC Securities Ltd. em Tóquio. `` Mas desta vez, sem os três excessos, os riscos negativos são limitados." A segunda maior economia do mundo também pode se beneficiar mais do que outras com a queda dos preços do petróleo, de acordo com Julian Jessop, que diz que o Japão é único por ter escapado da crise de crédito e do colapso habitacional que atingiu os EUA e a Europa. O crude baixou 29% desde que atingiu um recorde em julho. `` Isso vai aliviar muitas pressões de custos", disse Jessop, economista-chefe internacional da Capital Economics Ltd. em Londres. Estou convencido de que a economia japonesa será uma das primeiras a se recuperar à medida que o choque global da inflação desaparecer." Outros economistas dizem que o declínio do petróleo reflete o enfraquecimento da demanda e o crescimento mais lento nos mercados emergentes que ajudaram as empresas japonesas a superar a desaceleração dos EUA. Na China, que em julho passou os EUA como o maior cliente de exportação do Japão, a expansão econômica esfriou por quatro trimestres. `` Não se pode resgatar a economia mundial apenas com preços mais baixos do petróleo", disse Martin Schulz, economista sênior de um braço de pesquisa da Fujitsu Ltd., a maior empresa de serviços de informática do Japão. A Ásia tem que corrigir um pouco e esse é um mercado importante para o Japão."
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